A evolução dos esquemas táticos no futebol: uma história de inovação e adaptação

Desde os primórdios do futebol, as táticas e os esquemas utilizados pelos times têm evoluído significativamente. No século 19, a ideia era simplesmente correr até o gol dos adversários, resultando em um caos total. Entretanto, com o passar do tempo, os jogadores começaram a se espalhar pelo campo e as táticas passaram a ser mais elaboradas.

A evolução dos esquemas táticos

A primeira grande mudança ocorreu quando os times perceberam que passar a bola era mais eficiente do que correr com ela. A Inglaterra adotou a formação em pirâmide em 1923, que se tornou popular em todo o mundo. No entanto, cada país interpretou o jogo de sua maneira. Na América do Sul, por exemplo, a Argentina e o Uruguai alcançaram excelência utilizando a mesma formação, mas com passes curtos em vez de lançamentos longos.

Em 1925, a regra do impedimento mudou, permitindo que os atacantes tivessem mais liberdade para se moverem. Isso levou à criação do esquema WM, desenvolvido pelo técnico inglês Herbert Chapman. Neste esquema, um terceiro zagueiro foi adicionado e dois atacantes passaram a buscar a bola mais atrás. O WM se tornou um sucesso e foi copiado e reinterpretado por times de todo o mundo.

A Hungria, por exemplo, optou por dois atacantes mais talentosos em vez de um centroavante de força, criando uma espécie de formação MM. Esta tática foi amadurecida e levada à seleção húngara, que encantou o mundo com seu futebol em 1952. Embora não tenha vencido a Copa do Mundo daquele ano, a Hungria entrou para a história do futebol.

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O Brasil também desenvolveu sua própria interpretação do WM. O técnico Flávio Costa criou as diagonais no meio-campo, dando mais mobilidade ao esquema. Esta tática foi utilizada pela seleção brasileira em 1950, que se sagrou campeã da Copa do Mundo.

O Brasil continuou inovando e, na Copa do Mundo de 1958, estreou o esquema 4-2-4. Neste esquema, um dos jogadores do meio-campo recuava para a defesa, tornando-se um quarto zagueiro, enquanto outro se aproximava dos atacantes, tornando-se um ponta-de-lança. Este esquema causava problemas para as defesas adversárias e ajudou o Brasil a se tornar bicampeão mundial.

O 4-4-2 e o 4-3-3

Na década de 1960, o técnico inglês Alf Ramsey desenvolveu o esquema 4-4-2, com duas linhas de quatro jogadores cada. Este esquema se tornou popular no futebol inglês e é utilizado até hoje.

Já na Copa do Mundo de 1970, o técnico brasileiro Mário Zagallo optou por um esquema 4-3-3, com três meias e três atacantes. Esta tática deu mais liberdade aos jogadores e permitiu que eles trocassem de posições durante o jogo. A seleção brasileira de 1970 é considerada um dos maiores times da história do futebol.

O futebol total da Holanda

Na Copa do Mundo de 1974, a Holanda do técnico Rinus Michels e do craque Johan Cruyff surpreendeu o mundo com seu futebol total. Neste esquema, todos os jogadores tinham a capacidade de criar e defender, trocando de posições constantemente. A Holanda foi duas vezes vice-campeã mundial com esta tática.

A pirâmide invertida da Argentina

Na década de 1980, o técnico argentino Carlos Bilardo inverteu a pirâmide do início do século, criando um esquema 3-5-2. Neste esquema, três zagueiros formavam a linha defensiva, enquanto os jogadores de lado de campo tinham mais liberdade para atacar. Em momentos difíceis, o esquema se transformava em 1-5-3-2. A Argentina de Bilardo se tornou campeã mundial em 1986 com esta tática.

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A evolução das táticas

Com o passar do tempo, os jogadores perceberam que era mais eficiente passar a bola do que correr com ela. A partir daí, os times começaram a pensar em táticas e a se espalhar pelo campo. A Inglaterra adotou o 2-3-5, uma formação em pirâmide, e levou o futebol para o mundo.

No entanto, cada país interpretou o jogo do seu jeito. Na América do Sul, por exemplo, a Argentina e o Uruguai alcançaram a excelência com a mesma formação em pirâmide, mas usando passes curtos em vez de lançamentos longos. O jogo do Uruguai, campeão em 1925, era comparado ao xadrez.

Neste mesmo ano, a regra do impedimento mudou, permitindo que os atacantes tivessem mais liberdade para se moverem. Isso levou à criação do WM, uma formação vitoriosa que passou a ser copiada e reinterpretada por times de todo o mundo. O técnico inglês Herbert Chapman recuou um dos jogadores do meio-campo e criou o terceiro zagueiro, enquanto dois atacantes passaram a buscar a bola mais atrás.

A Hungria, por exemplo, optou por dois atacantes mais talentosos em vez de um centroavante de força, criando uma espécie de MM. O esquema foi amadurecido e levado à seleção, cuja dupla Kocsis e Puskas encantou o mundo. Embora não tenha vencido a Copa de 1954, a Hungria entrou para a história do futebol.

O Brasil também fez um WM do seu jeito, com um pequeno ajuste no quadrado de meio-campo. O técnico Flávio Costa criou as “diagonais”, que davam mais mobilidade ao esquema. A seleção brasileira foi vice-campeã em 1950, mas continuou mudando e venceu a Copa de 1958 com o inovador 4-2-4. Neste esquema, um dos jogadores de meio-campo foi recuado para a defesa, tornando-se o “quarto zagueiro”, enquanto o meio-campo mais avançado se aproximava dos atacantes, virando o “ponta de lança”. O Brasil foi bicampeão e virou modelo a ser seguido.

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O 4-4-2 e o 4-3-3

O técnico inglês Alf Ramsey achava que o 4-2-4 era eficiente no ataque, mas não ajudava a recuperar a bola. Contra quatro defensores, ele não via razão para ter pontas e, assim, recuou os jogadores de lado. Nasceu o 4-4-2, com as duas linhas características do futebol inglês.

Em 1970, Zagallo virou o técnico do Brasil e, sem centroavante de ofício, optou por escalar os melhores jogadores. O meia Rivellino fazia o lado esquerdo, enquanto o ponta Jairzinho, na direita, era atacante. Pelé jogava na dele e Tostão, o centroavante que recuava, chamava aquele esquema de 4-3-3 “torto”. Com liberdade e troca de posições, a seleção de 1970 é considerada um dos maiores times da história.

O futebol total da Holanda

Em 1974, a Holanda do treinador Rinus Michels e do craque Johan Cruyff fez uma movimentação inovadora. No papel, era um 4-3-3 que se transformava em 3-4-3, mas na verdade todos os jogadores tinham a capacidade de criar o ataque e tentar defender. A ordem era: com a bola, troca de posições para criar espaço; sem ela, pressão. Com seu “futebol total”, a Holanda foi duas vezes vice-campeã do mundo.

Considerações Finais

A evolução dos esquemas táticos no futebol é um reflexo da criatividade e da adaptação dos técnicos e jogadores às diferentes situações do jogo. Desde a formação em pirâmide até o futebol total, cada tática teve sua importância e influenciou o desenvolvimento do esporte. Hoje em dia, a escolha da tática depende das características dos jogadores e da filosofia do técnico, mas o que importa mesmo é a combinação perfeita entre eles para criar um futebol vencedor.

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