Você pega uma quadra, uma rede de tênis,
vai buscar uma bola de basquete, divide um grupo de pessoas em duas equipes e prontinho.
Parabéns, você inventou o voleibol! Bem, isso seria o que diríamos se o vôlei
ainda não tivesse sido inventado… Foi exatamente isso que o professor de educação
física da Universidade de Massachusetts, William Morgan, fez. Em… 1895. O objetivo dele era criar um jogo novo, diferente
e, principalmente, menos violento para os jogadores do que os esportes mais populares
na época – o futebol americano e o basquete. Mas, como fazer isso? Para criar um esporte assim vários fatores
tinham que ser considerados, em especial as regras. Regras que tinham que garantir que
o contacto entre os adversários fosse mínimo. Neste vídeo vamos te explicar as principais
regras do voleibol. Vamos lá! O primeiro desafio foi pensar na quadra. Em Massachusetts, os termômetros chegavam
a marcar 5 graus negativos no inverno, por isso, fazia todo o sentido que esse novo esporte
pudesse ser praticado em um ambiente fechado. Foi assim que surgiu a primeira quadra de
voleibol. Ela tinha 15 metros de comprimento por 7 metros e 60 centímetros de largura,
e era separada por uma rede em duas partes iguais. Hoje, a quadra oficial mede 18 x 9 m. Pequena,
se comparada a um campo de futebol, que pode medir até 120 metros de comprimento (ou seja,
quase 7 vezes mais do que a quadra de vôlei!). Em volta da quadra, temos a zona livre que
mede, no mínimo, 3 metros de largura em cada lado. Dentro da quadra, temos a zona de ataque,
que tem 3 metros de comprimento de cada lado a partir da rede. O resto da quadra, depois
da zona de ataque, é chamada de zona de defesa e tem 6 metros de comprimento. Com a quadra escolhida, era preciso pensar
na bola, pois sem ela, não havia jogo. Nos primeiros testes, foi usada a câmera
de ar da bola de basquete; o objetivo era deixá-la menor e mais leve. Mas isso não
era suficiente, e Morgan chegou à conclusão que seria necessário criar uma bola específica. Depois de várias tentativas, a bola ideal
foi encontrada. Tinha cerca de 68 cm de circunferência e podia pesar até 340 g. De qualquer forma,
as primeiras bolas de vôlei eram maiores e mais pesadas do que as usadas atualmente. Hoje, a bola tem uma circunferência de 65
a 67 cm e pesa entre 260 e 280 g. Mas, uma bola mais leve e um campo resguardado
do frio não garantiam um jogo menos agressivo… Era preciso uma separação física entre
as equipes. Bem, se em outros esportes, como o tênis
e o badminton, uma rede era usada para dividir a quadra, por que não usar o mesmo conceito
para inventar um jogo diferente? Colocar uma rede que separasse fisicamente
as equipes parecia uma ideia perfeita. As primeiras redes de voleibol eram muito
semelhantes às redes de tênis e tinham quase 2 m de altura. Hoje a altura da rede é de 2 metros e 43
centímetros nos jogos masculinos, e de 2 metros e 24 centímetros nos jogos femininos. Em cada ponta da rede há duas hastes de 80
cm, que são conhecidas como antenas. As antenas delimitam o espaço dentro do qual a bola
deve ser jogada acima da rede, e não podem ser tocadas durante o jogo pela bola ou pelos
jogadores. Apesar de terem apenas 80 cm, as antenas se estendem mentalmente para cima,
sem limite. Até agora tudo bem. Temos o campo, temos
a rede e a bola, mas como fazer para marcar pontos? Para marcar um ponto no vôlei, você tem
que fazer a bola passar por cima da rede e tocar na quadra oposta. Os pontos também são obtidos quando a equipe
adversária comete falta ou é penalizada. O jogo é constituído por 4 sets de 25 pontos,
que não têm tempo determinado para acabar. Uma partida pode durar entre 60 a 90 min. Se for necessário para desempatar, é realizado
o 5.º set, que é de 15 pontos. Vence o jogo a equipe que ganha 3 sets, mas
para vencer um set é preciso ter uma diferença de 2 pontos. Por exemplo, se a partida estiver
24 a 24, o jogo continua até fazer a diferença de 2 pontos, ou seja: 26 a 24, 27 a 25. Nos primeiros jogos de voleibol, o número
de jogadores era ilimitado, assim como os números de saques pelo mesmo jogador e de
contatos com a bola. Na atualidade, cada equipe conta com 12 jogadores
– 6 titulares e 6 reservas. De acordo com as suas funções, os jogadores são: levantador,
atacante, cortador, defesa, bloqueador e líbero. Com exceção do líbero, qualquer um dos
jogadores pode ser o capitão. O capitão tem a responsabilidade de manter a disciplina
na sua equipe e só ele pode falar com os árbitros. O líbero é especialista na defesa. Essa
posição foi introduzida pela Federação Internacional de Voleibol em 1998. Além de não poder ser capitão da equipe,
a cor do seu uniforme é diferente da dos outros jogadores. Lembra do Serginho?
Ele é considerado um dos maiores líberos da história do vôlei. O Serginho se aposentou
das quadras brasileiras em 2020 com um currículo de dar inveja. Mas, voltando para o jogo… Durante a partida, os jogadores de cada equipe
se dividem em dois grupos dentro da quadra. Em cada quadra, três jogadores ficam na área
da frente – que é a zona de ataque e de bloqueio, e três jogadores ficam na área do fundo
– que é a zona de defesa e de recepção. As posições dos jogadores de cada equipe
são contadas do 1 ao 6. Os números 2, 3 e 4 se posicionam na área da frente. Os números
1, 5 e 6 se posicionam na área do fundo. Cada serviço começa com o saque pelo jogador
que ocupa a posição 1. O objetivo do serviço é iniciar a disputa de pontos, os quais são
atingidos quando a bola aterrissa na quadra dos adversários. Para evitar que a equipe adversária marque
pontos, os jogadores tentam mandar a bola de volta para a sua quadra e fazê-la tocar
no chão. Nessa disputa, a equipe pode dar até 3 toques na bola. O terceiro toque é
dado pelo atacante, que tenta marcar o ponto. Neste momento, os jogadores da equipe adversária
que estão ocupando as posições 2, 3 e 4 tentam impedir que a bola passe para o seu
lado. Se o time que conquistou o ponto não foi
o mesmo que havia sacado, os jogadores devem deslocar-se em sentido horário. Todos os jogadores têm que mudar de posição
sempre que começa um novo serviço; lembrando que o líbero é o único jogador que só
pode ficar na defesa, porque é esta a sua especialidade. Este movimento é denominado rodízio ou rotação.
Isso faz com que todos os jogadores alternem posições. As rotações introduzem grandes
variações nas posições dos jogadores das duas equipes e complicam a dinâmica do jogo. E é justamente essa dinâmica do jogo que
lhe deu o nome. Na primeira vez que esse novo esporte foi
apresentado oficialmente – o que aconteceu em um Congresso de Professores de Educação
Física – dois professores assistentes ficaram maravilhados com o jogo. A bola andava no ar de um lado para o outro,
como se fosse um voleio. Esse foi o momento em que o nome, originalmente “mintonette”,
passou a ser voleibol. Bem, sendo um jogo em que os jogadores não
se contactam, como podem ser marcadas as faltas? As faltas são marcadas quando os jogadores
violam as regras. Isto complica a estratégia e atrapalha o jogo. Algumas das faltas mais comuns são as cometidas
ao tocar a bola. Elas são chamadas da seguinte forma: Dois toques, Quatro toques, Toque apoiado
e Condução. Na Dois toques, um jogador toca na bola duas
vezes consecutivas. Também é cometida quando a bola toca várias partes do corpo do jogador. Hoje são permitidos apenas 3 toques, por
isso, quando a equipe dá 4 toques na bola, antes de lançá-la para a equipe adversária,
está cometendo a Quatro toques. A falta em que um jogador apoia em um colega
da equipe ou em alguma estrutura, para tentar tocar na bola, é chamada de Toque apoiado. Por fim, se um jogador segura a bola ou a
lança, em vez de rebatê-la durante a disputa de pontos, comete a falta que é conhecida
como Condução. Outras faltas comuns são as que estão relacionadas
com a quadra. Assim, se você não quer correr o risco de cometer faltas desse tipo, evite
pisar na quadra adversária. Além disso, é considerado falta tocar a
bola ou um jogador da outra equipe no lado da quadra adversária, ou penetrar na quadra
da outra equipe por baixo da rede. Enviar a bola para fora e pisar na linha de
fundo no momento do saque são outras coisas que você não pode fazer se não quer cometer
mais uma falta. Há muitas situações no voleibol que são
consideradas faltas; falar de todas elas daria para mais alguns vídeos. Elas são uma parte fundamental das regras
e, com o passar do tempo, foram sendo adaptadas conforme as regras iam complicando o jogo.
Foi assim que o vôlei se tornou cada vez mais emocionante. Um bom exemplo é a partida disputada na final
das Olimpíadas de 1976, onde a Polônia derrotou a União Soviética após 4 longas horas e
mais 36 minutos de jogo. Segundo dizem, esta terá sido a partida mais longa já disputada
até hoje. Imagina como estavam os jogadores depois de
jogar 4 longas horas! Com certeza, muito cansados, mas nada machucados.
Se não, para que serviriam tantas regras?!? Chegamos ao final de mais um vídeo.
Espero que tenham entendido as regras do voleibol e que tenham gostado deste conteúdo.
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